O opositor
4 questões para se autoinvestigar e fazer as pazes (mesmo que internas) com o seu opositor.
Te convido a fazer uma visualização.
Pense em uma pessoa que te "tira do sério", que te desestabiliza, que consegue estragar o seu dia e que só de pensar já te gera um desânimo. Não demora muito e já temos alguém em mente, não é mesmo? "Eu, uma pessoa que busco ser melhor a cada dia, que me olho, que me trabalho, tenho um "inimigo""? Sim, todos nós temos um opositor. A questão central é não se condenar por isso e sim pensar em como focar nos aprendizados que essa pessoa pode te trazer.
De imediato, ao pensar nela, pode ser que venham sentimentos de raiva, de condenação e todos os argumentos possíveis do porquê essa pessoa não merece a sua atenção e nem o seu tempo. Ignorá-la não te ajudará, pois enquanto você não aprender o que precisa, outras muito parecidas virão ao seu encontro. Pode ter certeza.
O fato é que ela pode te ajudar a ser alguém melhor. Mesmo. Não vou dizer aqui para amar os seus inimigos, pois esse é um passo além, porém é possível olhar para eles com mais compaixão.
Como? Se investigando:
- O que te incomoda tanto nessa pessoa? E o que isso diz sobre você?
- Você o considera um opositor por ser quem é ou porque tem um ponto de vista diferente do seu?
- Que partes tuas estão encobertas e acabam aparecendo quando você se relaciona com essa pessoa?
- Que verdades sobre você, talvez ainda desconhecidas, ela pode te ajudar a trazer à tona?
Vamos lembrar que nesse caminho do autoconhecimento não existe o acaso. Se alguém entra em nossas vidas e nos perturba tanto é porque precisamos evoluir e nos desenvolver naquilo que o nosso opositor nos mostra.
Devemos respeitar e mais do que isso, aceitar uns aos outros não por querermos ser "bonzinhos", mas porque todos somos seres em processo de desenvolvimento e, não desculpar quem pisa no nosso calo, é nos considerarmos superiores e incapazes de cometer um erro sequer. Sendo que em algum momento, podemos cometer erros até piores dos quais condenamos nessa pessoa.
E vamos lá, o calo só dói quando consentimos, não é mesmo? E ao consentir devemos nos investigar ao invés de nos perdermos querendo nos vingar ou deixando o ódio nos dominar. Muitas das respostas que procuramos estão exatamente onde nos dói.
Visto tudo isso, imagine novamente a pessoa. O que você pode fazer agora para impulsionar o seu autodesenvolvimento por meio dela?
*referências encontradas para a elaboração desse texto no livro "Sinal Verde" de Francisco Cândido Xavier.