O opositor

Marisa Bussacos
2 min readAug 30, 2018

--

4 questões para se autoinvestigar e fazer as pazes (mesmo que internas) com o seu opositor.

Te convido a fazer uma visualização.

Pense em uma pessoa que te "tira do sério", que te desestabiliza, que consegue estragar o seu dia e que só de pensar já te gera um desânimo. Não demora muito e já temos alguém em mente, não é mesmo? "Eu, uma pessoa que busco ser melhor a cada dia, que me olho, que me trabalho, tenho um "inimigo""? Sim, todos nós temos um opositor. A questão central é não se condenar por isso e sim pensar em como focar nos aprendizados que essa pessoa pode te trazer.

De imediato, ao pensar nela, pode ser que venham sentimentos de raiva, de condenação e todos os argumentos possíveis do porquê essa pessoa não merece a sua atenção e nem o seu tempo. Ignorá-la não te ajudará, pois enquanto você não aprender o que precisa, outras muito parecidas virão ao seu encontro. Pode ter certeza.

O fato é que ela pode te ajudar a ser alguém melhor. Mesmo. Não vou dizer aqui para amar os seus inimigos, pois esse é um passo além, porém é possível olhar para eles com mais compaixão.

Como? Se investigando:

  • O que te incomoda tanto nessa pessoa? E o que isso diz sobre você?
  • Você o considera um opositor por ser quem é ou porque tem um ponto de vista diferente do seu?
  • Que partes tuas estão encobertas e acabam aparecendo quando você se relaciona com essa pessoa?
  • Que verdades sobre você, talvez ainda desconhecidas, ela pode te ajudar a trazer à tona?

Vamos lembrar que nesse caminho do autoconhecimento não existe o acaso. Se alguém entra em nossas vidas e nos perturba tanto é porque precisamos evoluir e nos desenvolver naquilo que o nosso opositor nos mostra.

Devemos respeitar e mais do que isso, aceitar uns aos outros não por querermos ser "bonzinhos", mas porque todos somos seres em processo de desenvolvimento e, não desculpar quem pisa no nosso calo, é nos considerarmos superiores e incapazes de cometer um erro sequer. Sendo que em algum momento, podemos cometer erros até piores dos quais condenamos nessa pessoa.

E vamos lá, o calo só dói quando consentimos, não é mesmo? E ao consentir devemos nos investigar ao invés de nos perdermos querendo nos vingar ou deixando o ódio nos dominar. Muitas das respostas que procuramos estão exatamente onde nos dói.

Visto tudo isso, imagine novamente a pessoa. O que você pode fazer agora para impulsionar o seu autodesenvolvimento por meio dela?

*referências encontradas para a elaboração desse texto no livro "Sinal Verde" de Francisco Cândido Xavier.

--

--

Marisa Bussacos

Aconselhadora Biográfica & Coach. Apaixonada por desenvolvimento humano, pessoas e suas complexidades. Curiosa por ideias criativas e negócios com alma