"E se"
Com quantos “e se” você tem se distraído?
Quando estamos nos planejando e tomando decisões que vão mexer com o nosso status quo, é comum ouvirmos aquelas vozinhas que nos atrapalham e incomodam a ponto de quase desistirmos.
Quando elas aparecem, podem nos paralisar ou distrair apontando todos os possíveis “e se”. “E se não for o trabalho que imagino?”, “E se eu for demitido?”, “E se fulano não gostar de mim?”.
Todos nós temos essas vozes ou sabotares dentro de nós mesmos, e o trabalho delas é manter o nosso status quo. Elas tem todos os motivos prontos para explicar porque aquele plano que temos ou aquela vontade de mudar e de agir, é absurda, perigosa, é uma péssima ideia. O sabotador é especialista em pegar o pedaço de uma verdade e transformá-la em um bom motivo para pararmos ou nem começarmos.
Costumo trazer para os meus clientes a imagem do conto da Chapeuzinho Vermelho. A menina estava indo direto para a casa da sua avó, eis que o lobo mau aparece e a distrai com a paisagem. Contemplar o caminho é importante, claro, mas a distração é prejudicial. Sabe quando temos aquela certeza interna de que devemos ir por um caminho e aí começamos a ver as borboletas, as flores e começamos a nos questionar se faz sentido mesmo irmos por ali?
A boa notícia é que podemos escolher que vozes queremos potencializar e em quais momentos elas são necessárias. Há as que nos incentivam, como já falei aqui no texto “Auto empatia”.
Importante não excluirmos nenhuma e darmos espaço para todas se expressarem. Os sabotadores também podem nos proteger em alguns momentos, eles não são de todo ruim, mas precisamos estar atentos e perceber se estão nos distraindo de um medo que, no fundo, temos de mudar ou se realmente é um sinal de ajuda.
Canalizar a energia para o que verdadeiramente desejamos é fundamental para que, durante a caminhada, qualquer obstáculo seja transposto e não um motivo para desistirmos.